
Tem sido cada vez mais comum as pessoas me procurarem com sintomas de crise de ansiedade ou ataque de pânico.
De acordo com a OMS, o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo, com ~ 9% dos brasileiros já tendo apresentado algum sintoma.
Há estudos recentes que apontam que o Brasil apresenta os maiores índices de ansiedade e depressão durante a pandemia.
O pior disso tudo é que muitas pessoas acabam confundindo a crise de ansiedade com o COVID, já que um sintoma comum entre eles é a falta de ar e aperto no peito.
Você conhece os sintomas de uma crise de ansiedade? Veja os principais deles abaixo:
· Taquicardia
· Falta de ar
· Suor ou tremores
· Enjoos
· Formigamentos
· Dor ou aperto no peito
· Medo exagerado
Eu tenho plena convicção de que a fase que estamos vivendo de fato acentuou muito este quadro.
Com a pandemia do coronavírus, que já se estende por mais de um ano, as pessoas estão vivendo em estado de alerta, como se fossem precisar atacar ou se defender a qualquer momento.
Este estado acaba desencadeando a produção de hormônios como adrenalina, noradrenalina, cortisol e trazem uma série de efeitos colaterais, como estresse, insônia, ansiedade, irritabilidade, explosões emocionais e dificuldade de concentração.
As pessoas estão sentindo medo: medo de contrair o coronavírus, medo da doença se agravar quando descobrem que estão com a doença, medo de morrer, de perderem seus empregos, etc.
Sentem tristeza por estarem vivenciando o luto de um ente querido
Sentem solidão, agravada pelo isolamento social.
Sentem raiva e frustração por terem que administrar filhos, trabalho e cônjuge tudo ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Isto acaba desgastando as relações e traz grandes prejuízos à convivência familiar.
Sentem como uma bomba relógio, prestes a explodir. Esta mistura de emoções mal administradas pode levar à baixa produtividade, insônia, perda de concentração no trabalho, procrastinação, entre outros.
Se você se identifica com este quadro, saiba que cuidar da sua saúde mental é tão importante quanto cuidar de sua saúde física.
Ações de autocuidado nunca foram tão essenciais como agora.
Aqui vão algumas dicas que podem te ajudar neste momento:
- Dê pequenas pausas no seu dia e foque em sua respiração. Se puder incluir a meditação como prática diária melhor ainda. Se não for possível, apenas dê pequenas pausas e se concentre em sua respiração, principalmente quando se sentir ansioso.
- Evite os noticiários ao máximo. Estamos numa fase muito delicada e as notícias certamente não vão contribuir para o seu bem estar.
- Estabeleça uma agenda limitada de trabalho. Como o trabalho e outras rotinas se misturaram é muito grande a tentação de estender o horário de trabalho em detrimento a uma atividade física ou tempo de qualidade com a sua família.
- Busque atividades que te dão prazer dentro de casa: hobby, leitura, cursos online, filmes, dança. O que você pode adotar como prática para te prazer?
- Adote uma alimentação saudável e beba água. Com a ansiedade, pode vir junto a vontade de descontar na comida. Estabeleça um cardápio e compre alimentos saudáveis.
- Busque sua família e amigos para conversar, mesmo que de forma virtual. Falar de nossas emoções é uma ótima forma de mantermos a saúde mental.
- Faça terapia. Saiba que muita coisa já estava em você e que a pandemia foi apenas o gatilho. Aproveite a oportunidade para olhar para dentro, se conhecer, se curar.
A nossa maior dor pode se tornar a nossa maior força.
Este período que estamos passando é transitório e você poderá sair dele mais fortalecido.
Se você se identifica com este quadro, saiba que cuidar da sua saúde mental é tão importante quanto cuidar de sua saúde física.
Artigo escrito por Cristina Campos, hipnoterapeuta e terapeuta sistêmica.
Auxilia nos processos de transformação e auto cura, ajudando as pessoas a olharem para dentro, resgatarem sua autoconfiança e (re)criarem sua vida com sentido.
Como posso te ajudar?
Entre em contato pelo (11) 99634-3977 para saber mais detalhes.
Siga a Cris Campos no Instagram: @criscampos.hipnoterapia
O tratamento pode ser presencial em SP (São Paulo e Vinhedo) e online.
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